São Gabriel (RS) - Das muitas atividades desenvolvidas pelo PROFESP – Núcleo 6º BE CMB, temos o destaque para uma atividade essencialmente brasileira com raízes africanas, a CAPOEIRA.
A história da capoeira começa na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão de obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho, proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança.
Em 26 de novembro de 2014, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou a roda de capoeira como um patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com a organização, a capoeira representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão durante o período colonial e imperial da nossa história.
O responsável por essa atividade é o Mestre Bonitinho, apelido de capoeira do Professor Cristiano Blini da Silva, Bacharel com Licenciatura em Educação Física que realiza um trabalho voluntário de alto nível junto aos alunos do nosso projeto. Que faz parte da Associação Luna Capoeira – Grupo Oxóssi, que tem uma história de 25 anos na comunidade gabrielense sob coordenação do Mestre Cesinha.
Ainda neste mês, aos alunos foram ofertadas as palestras: Conversa sobre a Vida no Campo, Luís França Brito – Empresário; Asseio Corporal, Sgt Bianca; Trânsito Seguro, 2º Sgt Schutz; Recursos Naturais, St Alcemir; Organização Pessoal, St Roní Garay; Força de Vontade, St Roní Garay e “Vem Ser Cadete” com os cadetes da AMAN.
Segundo o coordenador do Núcleo do 6º Batalhão de Engenharia de Combate, St Roní Garay, praticante de capoeira por 11 anos, esta atividade tem um enorme impacto na vida social e na saúde dos “capoeiras”, destacando vários benefícios como: ajuda na liberação do estresse, trabalha todo o corpo, estimula o condicionamento cardiovascular e musculoesquelético, promove maior flexibilidade e coordenação, estimula a velocidade, autoconfiança e o respeito pelo próximo, evidencia o valor da defesa (e não do ataque), amplia o conhecimento e, ainda, ressalta como muito importante, desestimula a timidez, uma vez que envolve dança, música e diferentes movimentos onde qualquer insegurança perde a força, pois todos se respeitam e estão ali para vivenciar tudo aquilo juntos.