Entrega da Boina aos Jovens incorporados em 2019
São Gabriel (RS) – No dia 25 de maio de 2019, o 6º Batalhão de Engenharia de Combate (6º BE Cmb), Batalhão Tenente-Coronel José Carlos de Carvalho, realizou a formatura de entrega da boina verde-oliva aos jovens recrutas incorporados no corrente ano. Nesta atividade solene, os soldados receberam a boina de suas madrinhas e padrinhos com muito orgulho e emoção.
A solenidade foi presidida pelo Comandante do 6º BE Cmb, Tenente-Coronel José Braulio de Sousa Terceiro, e contou com a participação dos comandantes de organizações militares da Guarnição Federal de São Gabriel, o TC Rocco Figueiró Rosito, comandante do 9º RCB; e do Major Eduardo Bordignom Lucchini, Comandante da 13ª Cia Com Mec; além de representantes dos poderes executivo e legislativo, e de significativo universo de familiares e amigos dos recrutas.
Foram homenageados os soldados que se destacaram entre seus pares nas atividades de instrução durante todo o período básico, pela demonstração de iniciativa, espírito de corpo, tenacidade, coragem, inteligência, camaradagem e disciplina. Os destaques foram o Soldado Júnior Pietroski Fornazier, da Companhia de Comando e Apoio; o Soldado Kewin Otávio do Amaral Monteiro, da 2ª Cia E Cmb; o Soldado Ícaro de Almeida Coelho, da 1ª Cia E Cmb; e o Soldado Juliano Iles da Luz, da Companhia de Engenharia de Pontes.
A entrega da boina representa a conclusão da primeira fase da formação militar, quando o soldado se tornou finalmente apto para integrar frações de combate, após haver superado árduas semanas de instrução e de exercícios no campo. Simbolicamente, a boina representa o verdadeiro “batismo” de um militar, quando o civil de ontem é oficialmente reconhecido como Combate Básico do Exército Brasileiro. A boina que foi entregue aos recrutas simboliza um marco de vitória sobre os obstáculos iniciais do contingente que no mês de março foi incorporado às fileiras desta Caserna de Bravos.
Histórico da Boina
Os escoceses e bascos estão na origem das boinas militares. O exército inglês que se habituou a usar, após cada guerra, as coberturas pertencentes aos exércitos aliados ou vencidos, difundiu essa prática por tudo o mundo. Assim, ocorreu com a barretina de pele de urso usada pela guarda imperial de Napoleão, o barrete dos lanceiros usados pelos poloneses, dentre outros.
Digna de honra por parte das tropas amigas, pois seu uso era privilégio das elites dos grandes exércitos. No campo de batalha, era sempre a precursora do avanço das tropas armadas.
No Brasil, a boina foi introduzida como peça do uniforme nos anos 70, sendo usada pelos militares que serviam na Amazônia e que eram combatentes de selva, daí sua cor verde. Com a reformulação de uniformes do Exército Brasileiro, passou a ser utilizada por todos militares. Posteriormente, seriam adotadas diversas cores de boina para identificar as tropas do Exército Brasileiro.
Passada de geração em geração, a boina, com seu distintivo metálico do Exército Brasileiro, guarda em sua estampa as marcas de um passado glorioso e serve de estímulo aos soldados que são submetidos a difíceis testes até que conquistem o direito de usá-la.